quarta-feira, 27 de junho de 2012

Resenha de Disco: A Irreverência da "Graveola e o Lixo Polifônico" é Grande Destaque na Música Brasileira Atual.

Coletivo musical oriundo da cidade de Belo Horizonte, onde possui um grande número de fãs que lotaram o Palácio das Artes na gravação do seu DVD, o "Graveola e o Lixo Polifônico" é uma banda conhecida por sua mistura de ritmos, irreverência e enorme talento. Formada em 2004, a banda já tem no currículo um disco homônimo, lançado em 2008 e o "Um e Meio", de 2010. Atualmente o grupo é formado por Bruno de Oliveira, Flora Lopes, Juliana Perdigão (que também se arrisca em carreira solo com um grande disco), Yuri Vellasco, Luísa Rabello, Flávia Mafra e Rafael Barros. Marcados por experimentações, dando novos ares à música brasileira, a banda inclui um novo conceito que a impede de ser rotulada. Seu mais novo trabalho, "Eu Preciso de Um Liquidificador", que assim como os outros álbuns anteriores estão disponíveis para download gratuito no site da banda, segue o mesmo conceito dos álbuns anteriores, embora não embarque muito nas experimentações, prova da maturidade que a banda já está atingindo. Porém, as letras inteligentes e originais ainda estão lá, junto com a mistura marcante de MPB com Rock e até samba com a sensacional "Desdenha", grande destaque do disco. O álbum apresenta uma pegada mais popular que os anteriores, mas sem abrir mão da qualidade e da forma inteligente de se fazer música. "Desmantelado" apresenta claras características latinas, enquanto "Nesse Instante Só" apresenta o melhor da MPB com a afinada voz de Juliana Perdigão. "Blues Via Satélite" soa como uma divertida brincadeira, com swing contagiante, criticando as novas tecnologias na qual a sociedade está cada vez mais dependente. "Pra Parar de Vez" e "Desencontros" afloram uma sensibilidade mais que natural. É perceptível no disco a descontração que o grupo apresenta no palco. Já tive o prazer de assistir a um show do grupo e garanto que é diversão cultural garantida. Com presença de palco e um carisma fora do comum, a banda encantou a todos da platéia. Enquanto tivermos "Graveola e o Lixo Polifônico", a irreverência e descontração na música brasileira de qualidade estarão garantidas.

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